A Motorista

Posted on março 29, 2007

2


motorista.jpg

Quando avistou o carro ao longe, encaminhou-se para a beira da calçada. No entanto, tão logo o carro encostou, levou um susto, não era o motorista de sempre, mas uma linda e jovem morena de cabelos lisos e curtos. Assim que parou, saiu do carro com um belo sorriso, abrindo a porta traseira para que entrasse. E antes que fizesse qualquer pergunta o celular tocou. Era ele.

– Ela já chegou aí?! – direto como sempre. Parecia ter bola de cristal ou então cronometrava muito bem tudo para que sempre estivesse dentro do tempo dele.

– Quem é ela? – perguntou pausadamente, não escondendo o ciúme na entonação.

– Entre no carro e não desligue o celular. Pelo tom da sua voz, sei que ela está à sua frente agora. Só volte a falar comigo no carro – e antes que esboçasse qualquer reclamação ele, que parecia ler os seus pensamentos, disse – E nada de reclamações!

Entrou no carro ainda sem entender. A motorista fez um aceno de saudação com a cabeça e ela retribuiu. Sentou, a porta foi fechada e enquanto a morena dava a volta para retornar ao assento do motorista, ela levou o celular mais uma vez ao ouvido.

– O que está acontecendo? – disse bastante séria e sem paciência.

Do outro lado ele deu uma gostosa gargalhada, parece que este era o seu maior prazer, vê-la completamente desnorteada, justo ela que amava tudo sempre tão certinho, organizado e meticulosamente planejado.

Já sabia do encontro havia alguns dias, marcavam com antecedência para não ter problemas, e caso tivesse qualquer imprevisto, sempre tinham como dar um jeito. Dois dias antes ela fez a depilação total, exatamente como ele amava. No dia anterior, foi ao salão ficar ainda mais linda. Sabia que ele detestava cheiro de unhas feitas e o aroma dos cabelos recém tintos. Arrumou-se como ele havia indicado. Vestido preto leve e solto, na altura dos joelhos, escarpin alto e por baixo corset preto de ligas e meias 7/8, sem calcinha.

– Você ainda não me disse o que está acontecendo – ela repetiu.

– Está acontecendo que você hoje vai fazer exatamente o que eu mandar, sem reclamar e confiar em mim como sempre confiou. Nunca esqueça que eu te amo. – Ele disse com aquele tom de voz seguro e ao mesmo tempo carinhoso que sempre a desarmava por completo.

– Me diga pelo menos quem é ela… – falou baixinho, na tentativa que a outra não escutasse.

– Ela é a motorista.

Dizendo isso ele desligou, deixando-a ainda mais confusa. Ainda tentou ligar novamente, mas estava desligado ou fora de área. Isto era a cara dele, pensou.

Começou então a olhar a menina que dirigia atentamente. Era jovem e muito bonita. Pelo menos uns doze a quinze anos menos que ela. Pôde ver enquanto estava fora do carro que ela tinha o corpo bonito. Também estava de vestido preto com saia leve e vaporosa, mas usava um coturno pesado estilo militar, excentricidade completamente aceitável para a idade. Pelo retrovisor podia ver que a outra eventualmente olhava para ela, olhos verdes muito expressivos, cílios longos. Um olhar amistoso, mas também apreensivo. Percebia um certo nervosismo nas atitudes da menina, apesar dela ter sempre um sorriso nos lábios. Mantinham-se caladas, como se qualquer palavra naquele momento pudesse desencadear algo que sequer podia imaginar.

Reconheceu o caminho que a outra estava tomando, iam para a casa de praia dele. Praia em pleno inverno? Ela questionou mentalmente. Que louco. O que está planejando? Neste momento o telefone tocou, era ele mais uma vez.

– Mais calma agora?

– Claro que não! Pelo contrário, estou cada vez mais apreensiva – baixou então o tom da voz, quase sussurrando – e não agüento mais ver esta menina olhando pra mim, a cada dois segundos ela olha pelo retrovisor, que chato!

– Quer dizer então que o olhar dela te incomoda – ele falou como quem analisava o que ela dizia – Incomoda ou excita?

– Como assim excita? – perguntou meio indignada e sem perceber falou bem alto e a menina mais uma vez olhou pelo retrovisor.

– Excitar, verbo transitivo direto, estimular, ativar a ação de, provocar excitação…

– Eu sei o que significa excitar, só não entendi o porquê da pergunta – ela o interrompeu impaciente.

– Tem certeza que não entendeu? – ele disse com a voz rouca e suave em seu ouvido.

Bingo! De repente tudo ficou muito claro. Aquela menina devia fazer parte da fantasia. Curiosamente, ao invés de ficar irritada, ela ficou realmente excitada. Mais uma vez buscou o olhar da menina, que respondeu com um sorriso tímido.

Olhou-a então pela primeira vez com olhos de fêmea. E analisou cada centímetro visível do corpo dela. No entanto, não era o corpo que chamava atenção, mas o jeitinho ingênuo, apesar das roupas de mulher que vestia. A motorista estava apreensiva porque certamente já sabia o seu papel na história desde o começo, ela ao contrário foi só estava sabendo agora.

– Ficou muda? – ele falou divertido.

– Não… Estava pensando apenas – falou mais calma, mas ainda muito curiosa. Já estava no jogo. Ele sabia exatamente como envolvê-la. Caiu enfim na teia. Teia que a menina já estava completamente presa.

– Então não pense, faça!

Era o primeiro comando, ela pensou. E sem perceber aquilo a excitou, sentiu que umedecia entre as pernas e instintivamente fechou as pernas.

– Fazer o que? – perguntou como quem não sabe de nada.

– Abra as pernas e coloque a esquerda sobre o banco. Está depilada como eu gosto? – ele perguntou bem safado.

– Sim, estou depiladinha e acabei de colocar minha perna sobre o banco – ela realmente havia entrado no jogo, falava olhando diretamente nos olhos da menina pelo retrovisor, que não mais sorria, apenas prestava atenção a tudo, inclusive na estrada vazia para o litoral.

– Você sabe o que eu quero. Sabe como gosto. Sei que está com seu brinquedo na bolsa. Abra, pegue, coloque o telefone no viva-voz e faça tudo bem devagar me contando cada detalhe.

Assim ela fez. Ainda com as pernas abertas e sem tirar os olhos da motorista, pousou o celular no banco acionando o viva-voz, abriu a bolsa tirou o vibrador preto e prata que sempre carregava com ela por recomendação dele, aconchegou-se melhor no banco e passou a narrar sedutoramente cada gesto, cada toque, cada suspiro seu.

– Você está me ouvindo querido? – ela perguntou para se assegurar que ele acompanhava sua narrativa.

– Sim, continue…

– Ok! Eu acabei de abrir meu vestido e baixar até a cintura. Estou vestindo um corset preto lindo, com as pernas abertas, dá pra ver as ligas e meias 7/8, sem contar que a minha “peladinha” que já se encontra toda melada aqui. Com a mão esquerda eu estou abrindo os grandes lábios, enquanto com a direita eu massageio levemente o meu clitóris que está durinho de tanto desejo. Acabei de colocar meu dedo médio da mão direita, todinho dentro de mim. Hummmm… Tirei. Está meladinho, vou dar uma lambida bem gostosa nele.

E dizendo isso, colocou o dedo na boca bem devagar, como quem chupa um falo rijo. Fazia isso olhando diretamente nos olhos daquela que já não sabia se prestava atenção na estrada ou no retrovisor.

– Agora estou ligando o vibrador – ela continuou narrando – Aquele prata que você me deu, lembra? Ouve o barulinho. – perguntou aproximando o aparelho do celular.

– Hum Hummmm – ele assentiu.

– Agora eu estou baixando um pouco o corset, coloquei os seios de fora, os mamilos estão rijos. Estou passando o vibrador bem devagar em meu mamilo esquerdo. Hummmmmm. Agora no direito. Enquanto isso, eu não deixo de me masturbar, manipular meu clitóris. Está tão gostoso amor. Falta você aqui, falta a tua boca entre as minhas pernas.

– Pare! – ele interrompe com a voz rouca de tesão.

– Como? Justo agora que estou quase gozando? – ela pergunta meio desconcertada.

– Não você, a motorista. Pare o carro no acostamento.

E a menina obedeceu prontamente. A mente dela estava fervilhando, o corpo estava trêmulo. Aquilo estava esquentando como se estivesse em pleno verão.

– Passe para o banco de trás. Ajoelhe-se e comece a chupá-la agora! – ele deu o comando e foi obedecido prontamente pela motorista, que parecia muito excitada também.

Vinha acompanhando cada movimento pelo retrovisor, cada palavra que dizia pra ele. Ajoelhou-se meio sem jeito no banco de trás e só então pôde ver que a outra estava sem calcinha também e sem sutiã. Seu corpo era jovem, a carne durinha.

A menina afastou com os dedos seus grandes lábios, deu uma deliciosa lambida e então se deteve no clitóris, a língua deliciosamente rápida e constante, eventualmente dando delicadas chupadinhas.

– Ai amor, eu estou morrendo de tesão aqui, ela está me chupando tão gostoso… É como se conhecesse o meu corpo, bebe meu caldinho, chupa meu grelinho, hummmmmm. Quero tocá-la amor, posso?

– Ainda não, quero que ela descubra todo o teu corpo, que ela o conheça como eu conheço. Os mamilos, cuzinho. Enfiando os dedinhos nela, vai… Na frente e atrás, mas sem parar de chupar– ele comandava toda a situação, estava sendo um grande sacrifício não tocar naquela que estava lhe dando tanto prazer – Deixando dois dedinhos enfiados no rabinho e dois na frente. Não parando de mexer nem chupar, chupando o grelinho bem gostoso. Quero que goze na boquinha dela, para que sinta teu sabor, teu gostinho.

– Ai amor, não para, eu vou gozar, nossa!!! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!
Explodiu num orgasmo absurdo, esquecendo que estava ali estacionada no acostamento da estrada, gritou alto e forte, no banco de trás do carro, com uma estranha que sequer sabia o nome sendo completamente guiada pelo homem que amava. Seu corpo tinha espasmos de prazer, como se ondas de eletricidade passassem por ele. A menina continuava a chupá-la freneticamente, e os dedos indo e vindo dentro dela, sentia suas entranhas contraindo aqueles dedos, como se quisessem mastigar aqueles delicados dedinhos.

Seu corpo aos poucos foi voltando ao normal, pulsação, respiração. Nesse momento percebeu que ele estava novamente falando.

– Nossa! Que orgasmo delicioso este, vou ficar com ciúmes aqui – falou de um jeitinho maroto, zombando dela – Vejo que ficou molinha agora né?

– Sim… – ela sorriu meio sem jeito olhando nos olhos da menina que estava agora aconchegada em seus braços.

– Quero que se beijem agora e acariciem-se, com ternura, carinho…

E elas imediatamente obedeceram. E ela pensou, não há toque que se compare às mãos de uma mulher na outra. As mãos, os mamilos roçando, seios nos seios. O toque dos seios da outra em seu corpo era deliciosamente confortável e ao mesmo tempo excitante. Estavam mais uma vez acesas, completamente envolvidas. Ele dessa vez não as guiava, não falava, elas apenas se tocavam e se descobriam ainda mais. Deitou a outra no banco e então começou a beijar os seios, chupar os mamilos rijos, descer até seu umbigo e perder-se entre as pernas, sentindo o gosto dela pela primeira vez em sua boca. Como ela a pouco sentira.

Com o vibrador foi acariciando o corpo da outra, exatamente como havia feito antes em si mesma, só que agora beijava, tocava e acariciava. Trocavam um beijo com gosto de seus sabores. Desceu então mais uma vez para entre as pernas dela, e dessa vez foi ela a retribuir o prazer. Introduzia o vibrador, entrando e saindo, ao mesmo tempo em que chupava bem de leve o grelinho dela, que se contorcia de desejo. Não demorou quase nada, e ela explodiu em um gozo delicioso, se deliciando naquele banco como uma gata no cio. E quando finalmente elas se acalmaram saciadas, ouviram a voz dele.

– Saciadas minhas meninas?

Elas se olharam e sorriram meio envergonhadas.

– Pena que você não viu amor, foi um tesão. Lindo e delicioso. – ela falou enquanto ainda acariciava os seios da motorista.

– E quem disse que eu não vi? – ele perguntou dando uma gargalhada – Tire a mão dos seios dela agora e venham quentes porque eu estou fervendo aqui a espera das duas.

Neste momento ela olhou para o retrovisor e viu que uma luzinha vermelha piscava sem parar. Estavam sendo filmadas. Safado, ela pensou, mas… Que delicioso safado!

Posted in: Elas, MaleDom