A Seus Pés

Posted on março 29, 2007

2


a-seus-pes.jpg

Ela levantou os olhos da revista que tinha em mãos, meio displicente… Havia esquecido dele ali parado. Ajoelhado, mãos algemadas, com uma coleira no pescoço e nu à sua frente olhando para o chão. Descruzou as belas e longas pernas diante dele e ouviu um suspiro.

¬“O que foi?” disse ela se levantando e parando diante dele com o chicote na mão. “Ouvi um suspiro de descontentamento, por acaso?” Com a voz mais docemente irônica que ele já ouviu. “Não, Senhora Anna!” Ele respondeu, “Suspirei de felicidade, pela sua atenção enfim…” Ela então deu uma deliciosa gargalhada, e ele fascinado pensou que era lindo ouvir sua Senhora sorrir, como se o sorriso dela encantasse tudo em volta. Era má e caprichosa, quase impossível de contentá-la, mas especialmente linda também!

“Enfim?! Não acredito que você pensa realmente que eu, sua Senhora, deve atenção a um escravinho de nada ajoelhado à minha frente… “ e continuou “Sua petulância , me diverte… Tamanho o disparate.” Finalizou ironicamente.

Ele então engoliu em seco, já conhecia bem sua Senhora e sabia que aquele bom humor não era normal. Ela devia estar com alguma coisa terrível em mente. “Desculpe, Senhora Anna, não foi isso que eu quis dizer…” começou ele tentando se explicar, quando sentiu o chicote arder em sua coxa.

“Cala a boca! Quem mandou você falar? (…) Agora eu sou mentirosa? Por acaso não ouvi o que você falou? Enfim…” Disse dando de ombros. “Não acredito que me cobre alguma coisa?” Ela disse com voz séria… Nem de longe parecia com a voz do anjo que há pouco sorria como uma criança. Ele ficou mudo, não adiantava argumentar… “Deite no chão!” e ele tratou de obedecer, sentando e deitando. Aliviado por poder descansar seus joelhos, estava há horas na mesma posição. “Agora rola, como um cachorrinho…” ela falou ainda séria.

“Mas… Senhora Anna, se eu deitar de barriga para baixo, machucarei meus pulsos com as algemas” Ele falou, tornando a ficar sentado, mas se arrependendo logo em seguida. “Vai…? Ahhhh, coitadinho do meu escravinho…” Disse com a voz cheia de ironia e deu outra deliciosa gargalhada. No entanto, logo depois o rosto dela ficou sério, mais uma vez.

Ela então o olhou do alto da sua majestade e falou: “Se você não é capaz de cumprir um simples pedido como esse… Se for incapaz de servir sua Senhora com coisas tão mínimas… Te solto as algemas. E permito que vista sua roupa e vá embora, mas não volte nunca mais. Deveria ter prazer em servir-me, e não questionar…” Virando as costas pra ele e se encaminhando para a porta.

Aquelas palavras vieram como uma bomba, ela falava sério… Imaginar deixar de servir aquela bela mulher, não tê-la nunca mais em sua vida era um castigo maior que a morte, uma dor muito maior do que dilacerar a carne de seus pulsos com aquelas algemas. Ele então entre lágrimas, implorou se jogando no chão e arrastando a seus pés. “Não! Por favor, Senhora… Não faça isso com esse ser que lhe adora, venera… Eu imploro. Já nem sinto mais dor, estou aqui, inteiro a seus pés. Prometo não questionar mais seus pedidos. Apenas obedecer”.

Enquanto ele rastejava, ela andava devagar, fazendo ziguezague pela sala, naquele scarpin preto altíssimo, que torneava seus pés lindamente. Fez isso por um tempo que ele não soube contar, apenas se arrastava atrás dela, que cantarolava uma musiquinha sem nexo passeando pela sala. Indiferente aos seus gemidos ou à sua dor. Ela então parou e imediatamente ele também, aos pés dela.

Com a ponta do sapato, ela forçou que ele virasse com a barriga para cima. Ela podia ver as marcas em seus pulsos, em seu peito, joelhos e coxas. Ficou então de pé, com uma perna de cada lado do seu corpo. Apesar da dor que ele sentia, tanto física como moral da humilhação de antes, estava simplesmente fascinado com a visão daquela deusa sobre ele. Podia ver seu sexo, ela estava sem calcinha… O vestido preto curto de couro dava a ela um aspecto ainda mais sensual em contraste com a pele branca.

Ela havia parado próxima à parede. Que logo serviu de apoio enquanto subia no tórax dele. Aquele salto alto e finíssimo entrava em sua carne como agulha. No entanto, era a mais bela visão que ele já havia visto e a melhor sensação que já havia sentido. Ela movimentava as pernas, alternando o movimento dos joelhos, roçando uma coxa na outra e tudo isso, olhando-o nos olhos, diretamente, com um meio sorriso nos lábios… Jogava o rabo de cavalo hora para um lado e hora para o outro lado. Que cena maravilhosa, ele pensava, apesar de toda dor…

Em determinado momento, ela tirou os sapatos, jogando-os longe, primeiro um e depois o outro. Ele pode sentir o suor do seu pé em contato com a pele e aquilo quase o enlouquecia de prazer. Foi então que ela continuou com o pé esquerdo sobre ele, mas o direito ela abriu bem os dedos e forçou-os contra o seu nariz.

“Hummmmmmmmm…” ele gemeu maravilhado em sentir o suor dela em seu rosto, em seu nariz, em sua boca… Passou a língua pela sola suada e respirou fundo o seu aroma… O cheiro forte de suor, entranhado naqueles dedos… Longe ele sentia o cheiro de hidratante, mas era o suor dela que o excitava profundamente. Ele fechou os olhos para melhor se entregar às sensações. Foi quando a ouviu dizer: “Lambe meu cachorrinho, lambe o pé da sua Dona… E bom esfregar meu pé assim em sua face, e ver essa carinha de quero mais…” E ele ficou extasiado com aquelas palavras…

Lambia o pé dela sofregamente, com urgência e vontade. “Está com fome cachorrinho? Cuidado para não comer o pé da sua Dona, viu? Hummm… Dá mais uma mordidinha, dá?!” E ele obedecia feliz por servir sua Dona, sua Senhora. E enquanto ele se deliciava nos pés dela, tentava tocar-se, mesmo algemado. Estava em ereção tamanho o prazer…

Abriu os olhos, para melhor apreciar e viu que ela estava de olhos fechados se deliciando com aquilo… Nesse momento, ela também abriu os seus, olhou bem dentro dos olhos dele e disse com voz rouca de desejo: “Chupa?! Quero ver todos estes dedinhos na sua boca, sentir dente por dente em volta do meu pé… Sentir sua língua quente e macia…” E dizendo isso colocou o pé em ponta e invadiu sua boca até quase ele engasgar. Ele chupava como podia e via nos olhos dela o prazer estampado, ela sabia que ele estava quase sufocando, mas o prazer… O prazer era demais.

Nesse momento, não sei se por cócegas, ela mexeu os dedos em sua boca, quase tocando o palato. Provocando nele um espasmo de prazer. Sentiu o orgasmo chegando e soltou um gemido forte, se o pé de sua Senhora não estivesse nesse momento em sua boca, certamente este grito seria ouvido bem longe.

As pernas dela também fraquejaram… Era uma sensação deliciosa, ter aquele homem a seus pés, completamente submetido, proporcionando tamanho prazer. Em seu íntimo ela pensou: “Bom escravo…”, mas logicamente não disse, pois ele não precisava saber… E sorriu com o pensamento.

O orgasmo foi tão intenso… Que o leite dele chegou a espirrar pela perna. E sob os pés dela, o corpo dele estremeceu em espasmos que pareciam não acabar. E quando ela finalmente sentiu que ele estava relaxando, aproveitou que suas pernas também estavam fracas e sentou sobre ele, tocando-o com o seu sexo molhado do próprio gozo. Ela acariciou seu rosto, e depois pegou a chave da algema que estava pendurada em um delicado cordão no pescoço… Abriu… Massageando depois os pulsos dele, que estavam marcados.

Olhou nos olhos dele, lágrimas escorriam pelos cantos. Ele estava suado, exausto, mas… Tinha um leve sorriso nos lábios. Ela tinha consciência do poder e fascinação que exercia sobre ele. Então, também sorriu ternamente enquanto ele a observava quase em choque de tanto prazer. Aproximou os lábios do rosto dele e passou a língua em sua testa. Afastou-se novamente e dessa vez passou o dedo em suas lágrimas. Levando-o lentamente em direção aos seus lábios até enfim lamber. Sorvendo o resultado líquido e levemente salgado daquela sessão. “A sua dor e o seu prazer são meus, de mais ninguém!” E ele então respondeu assentindo com a cabeça: “Sim, Senhora Anna, somente seu!”

Posted in: FemDom, Podolatria