O Príncipe da Meia-Noite

Posted on março 29, 2007

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Ela estava ansiosa e inquieta, apesar das luzes apagadas, não conseguia dormir. Desde que aquela brincadeira havia começado, suas noites nunca mais foram as mesmas… A incerteza, a espera… O que para muitos podia irritar, a ela excitava…

Lembrou da primeira noite. Já fazia alguns dias que ela entrava na sala fetiche, esperando ou procurando sabe-se lá o que… Era abordada por várias pessoas, no segundo dia ela já percebeu que não tinha como ser atenciosa com todos, passou então a apenas observar. Lendo conversas e mais conversas de desconhecidos… Ignorava completamente os chamados, apenas observava até seu sono chegar.

Foi então que um dia ele apareceu. Uma frase em reservado. “Você não precisa mais procurar!” E ela gelou. Aquela afirmação a deixou confusa, e pela primeira vez em dias ela também escreveu: “Procurar o quê?”, ainda trêmula com a forma direta que havia sido abordada. Havia acostumado ficar invisível, não respondia, e depois de algum tempo, nem notavam sua presença.

“O motivo. A cura para suas noites de insônia, a resposta da sua insatisfação com a vida, aparentemente bem sucedida… Aquilo que você busca, mas ainda não sabe o quê!” o outro digitou.

Suas mãos suavam, devia ser algum conhecido de brincadeira com ela, mas… Ninguém sabia que ela, uma empresária bem sucedida entrava em salas de bate papo no meio da noite, esperando e buscando algo que realmente não sabia o quê. Tentando sufocar a angústia do dia a dia, e vencer a insônia de cansaço.

Olhou o nick, “O Príncipe da meia-noite”. E lembrou que em suas madrugadas insones, viu muitas vezes aquele nome. No entanto, era um nick que não interagia com o grupo, se teclava com alguém era em reservado, como fazia com ela agora. E lembrou que já havia fantasiado em como seria, e porque alguém teria este nick tão sombrio.

Ele então continuou: “Seu nick-name “Dama da noite” me fascina… Uma flor belíssima, branca… Quase tão branca como a lua cheia, com um perfume delicioso, inebriante, que desabrocha na madrugada, mas pela manhã murcha e morre. Muitas vezes sequer dando a oportunidade dos que a cuidam perceber seu fascínio e beleza…”.

Ela ficou arrepiada. Desde que começou a entrar nas salas. Todas as vezes que foi abordada, pensavam que seu nick tinha a haver com prostituição. Nunca antes alguém havia entendido o real significado do seu nick. Desde criança tinha fascinação pela Dama da noite, passava madrugadas acordada, esperando que ela florescesse, algumas vezes colhia, e colocava em um copo, na geladeira, ali, ela vivia mais algum tempo, mas o seu aroma, e a sua beleza, eram diferentes do seu habitat natural. Era triste vê-la em um copo, cheio de água gelada… Como ela em sua vida insípida…

“Você é como a Dama da noite, precisa da escuridão para desabrochar.” Concluiu. Deixando-a ainda mais atordoada, teve medo… Um medo inexplicável. Ele parecia ler sua alma.

Ela então foi tomada de coragem e perguntou, antes que essa coragem passasse. “Por que você pensa saber tanto de mim?” E ele então respondeu: “Por que eu também te buscava…”.

Naquele mesmo dia trocaram fotos, nomes verdadeiros e telefones e ele passou a ligar diariamente, incondicionalmente à meia-noite. Desenvolveram uma relação estranha… Havia amizade, erotismo, entrega… Ela confiava a ele segredos, medos, como nunca antes confiou a qualquer outro, apesar de jamais tê-lo visto pessoalmente.

Com o tempo foram se conhecendo, ele disse a ela que era um Dominador. E ela a princípio ficou assustada, pouco ou quase nada sabia a respeito de SM. Começou a buscar informações na internet em sites de SM. Estaria ele pensando que ela era uma submissa? No entanto, ele era paciente, e respondia a cada uma das suas perguntas, das mais imbecis às mais complexas. Fazia três semanas desde aquele primeiro contato, e como em todas as noites ela esperava ansiosa. Olhou o relógio e viu que muito em breve ele ligaria.

Quando o telefone tocou, seu coração bateu mais forte, descompassado, como em todas as noites… “Como você está vestida?” ele perguntou. “Com um conjuntinho de calcinha e camiseta de algodão branquinho e meia soquete branca, pareço uma menininha…” disse ela sorrindo. “Vista um roupão e desça imediatamente, estou diante do seu prédio, dentro do meu carro à sua espera” e desligou.

Ela foi tomada por excitação e por medo… Nunca antes havia vivido algo assim. Se a razão dizia que ela não devia fazer o que ele ordenava. O instinto gritava dentro dela que “deveria” descer imediatamente e assim fez. Calçou as pantufas, o roupão e desceu. Excitada e com medo. O coração na boca…

Logo avistou o carro do outro lado da rua, e imediatamente reconheceu o homem moreno de cabelos grisalhos, como na foto. Pessoalmente, parecia mais jovem… E enquanto ela atravessava a rua, com um enorme sorriso nos lábios, um aperto na boca do estômago teimava em fazer-se presente. Ele abriu a porta e ela imediatamente entrou.

Ele abriu um sorriso lindo, tranqüilizador. Tocou em seu rosto e enroscou o dedo em um dos cachos do seu cabelo vermelho. “Você é linda… Cabelos cor de fogo… Sua pele branca reluz sob essa lua cheia, como uma “Dama da noite”… Você vai florescer em minhas mãos…” E dizendo isso aproximou seu rosto do dela e acariciou seus lábios com um beijo suave, delicado… Suas mãos acariciavam sua nuca, causando um leve arrepio, ela sentia os mamilos enrijecerem de excitação.

Ele então foi explorando sua boca, com mais volúpia… Seus dedos entrelaçaram em seus cabelos. Ele segurou com firmeza, mas sem machucá-la. Afastou sua cabeça, seus lábios ainda estavam trêmulos e molhados. Havia certo medo em seu olhar. A expressão dele era de puro desejo, e ela ficou ainda mais amedrontada e excitada. Ele mais uma vez soltou seus cabelos e acariciou o seu corpo. Deu mais um beijo e disse que deviam sair dali. Seu coração não batia, explodia dentro do peito…

A casa dele era grande, em um condomínio fechado. Seu quintal tinha dois cães Pitt Bull, que ela a princípio ficou com medo, mas ele parecia ter total controle sobre eles. Como sobre ela naquele momento. Abriu a porta e entraram. Ela ainda parecia um coelhinho assustado. Com aquelas pantufas nos pés, vestida pra dormir, coberta apenas pelo roupão… Os cabelos emaranhados, sem um pingo de maquiagem… Sentia-se fragilizada, como uma criança diante do desconhecido…

Só então ela percebeu que ele também estava de pijama, com um robe de seda por cima. Ele a guiava pela casa sem acender as luzes. Indicava o que eram os cômodos. Sala, quartos, banheiro… Chegaram a uma sala de jogos. E ele logo ligou o som, e colocou uma música clássica que ela reconheceu imediatamente como Bach.

A sala era ampla, havia um grande sofá, home theater, mesa de bilhar e uma enorme cortina, que ele abriu. Proporcionando pela janela a bela visão do jardim, da piscina e a lua cheia refletindo na água e iluminando o ambiente. Eles sentaram no sofá, envolvidos pela música. Ela aconchegada em seus braços, ambos bebendo o drink recém preparado. Lembraram um pouco o que havia acontecido entre eles até agora e ela sorriu um pouco nervosa, se achando uma louca por estar ali, em seus braços.

Ela então, ficou de frente pra ele e olhando em seus olhos perguntou: “O que faz um Dominador?” Sua pergunta era quase uma súplica e ele percebeu o pedido implícito. “Gostaria de descobrir?” Ele perguntou. Ela apenas assentiu com a cabeça, como uma criança obediente, mas temerosa. “Levante-se então…” ele disse com voz calma, mas firme.

Ela levantou e ficou esperando, não sabia o que fazer. Sentia calor, apesar do frio que fazia, seu corpo estava em brasa… “Tire a roupa…” e ela foi obedecendo, largando o roupão no chão, olhando em seus olhos, usando de sensualidade. Um meio sorriso nos lábios, tirando a camisetinha de algodão… Deixando os seios à mostra, com os mamilos intumescidos de excitação. Depois se despindo da calcinha, mostrando seus pêlos também ruivos, como os cabelos. Depois as pantufas de bichinho, e quando ia finalmente tirar as meias, ele disse que podia ficar com elas. Ele observava atentamente cada movimento, e ela não percebia nenhuma alteração nele, sua respiração, sua voz… Aquilo a assustava. Ele estava sob controle, enquanto ela tremia e suava… De tanto medo e excitação.

Ele parou à sua frente e disse: “Ajoelhe-se e olhe para o chão, só olhe para mim, quando eu mandar…” Saiu por um instante e quando voltou pediu que ela colocasse as mãos para trás. Assim ela obedeceu, esperando a próxima ordem, que não vinha. Ele ficou por trás dela e calmamente começou a amarrar seus pulsos, não estava apertado, mas estava firme, uma posição um pouco incômoda, mas que não a machucava. Ele mais uma vez afastou-se e não disse mais nada.

Ela sentiu que ele a observava. Ela de joelhos, sentada sobre os tornozelos, cabeça baixa, os longos cabelos cor de fogo tampando o pouco da visão que ela ainda poderia ter, tinha as mãos amarradas atrás do corpo, suadas e ao mesmo tempo geladas… A ansiedade a consumia, o que ele faria agora? Teve medo… Ouvia a própria respiração mais ofegante, cada segundo era uma tortura…

A noite estava um pouco fria, mas ela suava, não sabia dizer exatamente há quanto tempo estava ali de joelhos com a cabeça baixa e ele a observá-la, seus joelhos começavam a incomodar de tanto tempo na mesma posição. No lugar onde passavam as cordas, sua pele queimava, apesar de não estar apertada. Ela fez um leve movimento como se fosse buscar uma nova posição. E então, o ouviu quebrar seu silêncio com voz firme e sem emoção, um tom baixo, mas perturbador: “Não mandei que se mexesse… Se me desobedecer, vou castigá-la severamente.”.

Ela engoliu em seco, parecia um outro homem. Curiosamente, o que podia assustá-la, a excitava e sentiu umedecer entre as pernas, latejando e queimando de desejo. Ouviu seus passos se afastando dela. E o medo aumentou… Sentiu-se estranha, estava amarrada nua, na casa de um quase desconhecido… Que poderia fazer o que quisesse com ela e, no entanto não era esse o seu maior medo, mas sim o medo da entrega. Sentia-se “Dele”, para o que ele desejasse dela. Ficou um pouco tonta. Suava e gelava cada vez mais. Pensou que sua pressão pudesse estar caindo.

Quando ele mais uma vez se aproximou, num fio de voz ela falou: “Meu Senhor, sinto-me um pouco tonta, não me sinto bem…” E ele sem dizer nada, delicadamente tocou o seu queixo e levantou o seu rosto em sua direção, tirando com a outra mão os cabelos úmidos de suor da sua face. Ele pôde constatar que seu rosto estava pálido, e os lábios quase sem cor. Talvez por medo… Sim, o medo exalava de seus poros e isso o excitou. Pois ela tinha medo, mas era dócil e obediente. Estava completamente entregue a ele. A sentia frágil e sua… Exultou em constatar que fez a escolha certa. A Dama da Noite seria sua por completo.

Em um gesto súbito, ele a pegou em seus braços e ela pode sentir seu corpo quente. Pousou-a com o corpo de lado, delicadamente no sofá, com o rosto voltado para o encosto. O mesmo sofá que antes estiveram abraçados. Aquele simples contato de seus corpos, já fez com que sua temperatura começasse a voltar ao normal. Aconchegou uma almofada sob a sua cabeça e deu um beijo em seu rosto.

Ela sentia-se cuidada e protegida. Ele sentou-se no chão e carinhosamente tirou seus cabelos da face. Passando as mãos pela sua pele branca, que aos poucos voltava à temperatura normal. Acariciou todo o seu corpo, a curva da cintura, bumbum, coxas, joelhos… Inicialmente para aquecê-la, mas logo uma conotação erótica foi tomando lugar. Chegando aos seus pés.

Ela já sentia seu corpo queimar… Mais uma vez o desejo… Ele tirou uma de suas meias, seus pés ainda estavam gelados, apesar de suados. Ele acariciou com as mãos, como que para aquecê-los. Tirou a outra meia e fez o mesmo com ele também. Ele juntou ambos os pés e cheirou-os profundamente. Beijando-os as solas, logo abaixo dos dedos. Ela sentiu um arrepio subir-lhe a espinha… Ele roçou as solas dela em sua barba. Seu corpo estava cada vez mais aquecido e excitado.

Ele foi subindo as mãos pelas suas pernas, pela parte interna de suas coxas, sentiu que ela se contorcia meio que indicando onde desejava ser acariciada. E ele deu um sorrisinho sádico, pois apesar de também desejar, a deixaria ansiando um pouco mais. E quando ela imaginou que ele a tocaria, sentiu sua mão firme, escorregar pelas suas coxas e buscar seu bumbum para apertá-lo. Um aperto firme, que chegou a doer… E ela estremeceu de susto e prazer. Não havia mais vestígio de mal estar… Estava mais uma vez acesa.

Ele virou um pouco o seu corpo, cuidadosamente, já que as mãos amarradas poderiam machucá-la. Seu olhar procurava o dele, mas ela nada falava. Debruçou um pouco o seu corpo sobre o dela, com uma das mãos, passou pela sua nuca e segurou firmemente seu cabelo, como havia feito no carro. Seus olhos pareciam faiscar de desejo. A outra mão, buscava os seus seios, enquanto sua boca se aproximava para um beijo sedento… Seus dedos brincavam com seus mamilos e ainda beijando a sua boca, suas mãos desciam para o seu sexo…

Ele primeiro penetrou um dedo, ela estava completamente excitada. A luz da lua cheia entrando pela janela, deixava a pele dela ainda mais branca em contraste com a dele, morena e queimada de sol. Aquela visão o excitava, e ele retirou e penetrou dois dedos, depois três, e ela se contorcia e gemia de prazer. Sua mão a preenchia e sua boca calava os gemidos de prazer, ele salivava de tanto desejo…

Tirou então seus dedos de dentro dela, e passou em seus lábios, enquanto encarava-a com desejo, sorveu cada gota do seu suco, e mais uma vez uniu seus lábios em outro delicioso e sedento beijo… Partilhando o gozo dela…

Ele ajudou-a a sentar-se no sofá, acariciou mais uma vez o seu rosto e perguntou se estava bem, ela assentiu com a cabeça… Seus olhos brilhavam. Ele então voltou ao tom de voz firme de antes e ordenou: “Abaixe a cabeça, e só olhe pra mim quando eu mandar!” Sentiu ele mais uma vez se afastando dela, podia apenas ver seus pés descalços, morenos, bem cuidados e com pelinhos no dorso.

Ela percebeu que ele ficava nu à sua frente, teve curiosidade em olhar seu corpo, ele era um homem bonito, ela se excitava com um belo corpo, mas não ousou levantar o olhar. Tinha medo e prazer em cumprir aquela simples ordem. Ele aproximou-se um pouco mais dela. “Fique de joelhos novamente!” e ela prontamente obedeceu…

Ela então sentiu seu sexo quente em seu rosto, ainda semi-rígido. “Coloque-o em sua boca, quero sentir “ele” enrijecer e crescer!” E assim ela fez, com desejo e vontade, estava ali para servir àquele homem, fosse como fosse, havia imaginado tantas coisas mais… Difíceis! Sexo oral ela amava fazer, e sabia que fazia bem. Colocou-o inteiro em sua boca, sugando-o da base à glande. Em alguns momentos, com a língua, forçava penetrar sua uretra. E outro momento apenas prendia a glande em seus lábios. Sugava-o, com prazer e desejo. Enquanto ele fazia movimentos cadenciados simulando um coito.

Não demorou em que ele ficasse grande e duro como pedra em sua boca. E quanto mais ela ouvia seus gemidos, mais ficava excitada e intensificava os movimentos de vai e vem. Ele então segurou seus cabelos, próximo à nuca e forçou-a olhar para cima. “Olha pra mim!” Disse ele com voz firme, quase ríspido, apesar de não estar alterando a voz. E ela obedeceu.

Estar ali de joelhos, diante daquele homem, olhando-o de baixo para cima, tornava-o infinitamente superior… Parecia um gigante. Seus olhos buscavam os dele. E enquanto ela chupava com ainda mais volúpia, olhando em seus olhos que pareciam faiscar de tanto desejo, ele sem explicação interrompeu-a.

“Vire-se para o sofá!” E ela obedeceu prontamente. Debruçou-a no assento, com o rosto encostado ao sofá e ordenando que não saísse dali. Os pulsos amarrados latejavam. Aquele incômodo e a imobilidade a excitavam ainda mais. Seus mamilos roçavam no sofá, e aquele contato a excitava. Ele vestiu um preservativo, e posicionou-se por trás dela. Penetrando lentamente, preenchendo-a. Ela tinha a nítida sensação que era o encaixe mais perfeito que já tivera. Cada centímetro dela, repleto dele.

Ele pegou seus cabelos, e enroscou em suas mãos. Puxava-os, ao mesmo tempo em que forçava seu rosto sobre o sofá. Com a outra mão segurava a sua cintura… Cavalgava-a como a uma égua. E ela então timidamente, ousou pedir o que jamais tivera antes coragem: “Me bate…”, pediu baixinho. Ainda com medo e vergonha.

“Tem que pedir com mais veemência…”, disse com a mesma voz firme. “Diga ao seu Senhor, com todas as letras, o que você precisa…” Ele estava ofegante e muito excitado… Visivelmente envolvido com toda a cena. E ela então mais uma vez pediu, e dessa vez mais alto. “Quero ser sua, estar em suas mãos, ser o seu objeto! Faça de mim, o que o Senhor desejar…” E assim ele fez…

Ela não acreditava que teve coragem de dizer o que disse, mas era a mais pura verdade… Naquele momento ela era dele, não se importava com as amarras, com o mal estar de antes… Era dele, e só isso importava… Sentia-se livre como nunca antes havia sentido… Até para pedir uns tapas em meio a outras obscenidades…

Ele então deu o primeiro tapa com força. Ela sentiu seu traseiro queimar, arder… Seu corpo se contraiu, encaixando-o ainda mais, deliciosamente dentro de si. Sentia que ele a penetrava cada vez com mais vontade. E também batia com mais força… Perdeu as contas, de quantos tapas recebeu, sentia a pele arder, ao mesmo tempo em que ficava cada vez mais excitada, começou a falar dúzias de obscenidades… Descontrolada, como uma vagabunda de rua. Liberta de todos os preconceitos. Sem entender como ou porque, enquanto pedia mais. Lágrimas escorriam pelos seus olhos e começou a soluçar. Lágrimas libertadoras…

Explodiu em um orgasmo inédito em sua vida, com uma intensidade absurda. Nesse momento, ele também parecia chegar a seu limite e puxando-a pelos cabelos, colou seu rosto ao dela, o suor dele, se fundiu às suas lágrimas, e ele apertou um de seus seios, no mesmo momento que tinha um orgasmo. Ela sentiu dor… E prazer… Ouvi-lo urrar em seu ouvido, tendo espasmos que pareciam não parar nunca. Um orgasmo que parecia não ter fim. Seu corpo tremia, enquanto gemia… Até o momento em que ela sentiu seu peso cair sobre ela… Ele também havia gozado intensamente.

Suas mãos relaxaram. E liberaram os seus cabelos e seio. Ele saiu de dentro dela e sentou no chão ofegante, suado, de olhos fechados… Ela continuou ali, inerte, joelhos no chão e corpo sobre o sofá. Ainda desacreditando a intensidade do orgasmo que tivera. As lágrimas banhando o seu rosto, a respiração lentamente voltando ao normal. Sentia-se lambuzada de sua própria excitação, já que ele havia usado preservativo. Sentia as contrações das suas entranhas, sentindo falta de quem a pouco a preenchia… Seu traseiro queimava e ardia, os tapas… Sabia que ele havia deixado marcas em sua pele branca. Mas não estava nem um pouco preocupada com isso. Suas mãos latejavam, os joelhos ardiam, mas pouco importava.

Escorregou seu corpo para o chão… Aconchegou-se em seu colo como uma gata, ainda amarrada. A cabeça em seu colo, as mão para trás, joelhos próximos ao corpo… De onde estava podia ver a luz da lua cheia. Ele acariciava seus cabelos, também se refazendo do orgasmo intenso, respirando fundo, até a respiração voltar ao normal… Seu rosto ainda estava molhado pelas lágrimas. No entanto tinha um sorriso em seus lábios. Tudo foi intenso e inesquecível. As imagens vinham em seus olhos, como um slide-show.

Lembrou então da breve história dos dois e pensou em voz alta: “A “Dama da noite” precisava conhecer “O Príncipe da meia-noite”, para finalmente florescer em seus braços…”. Ele soltou uma gostosa gargalhada e disse acariciando seus cabelos: “E isso por que apenas começamos… Tenha certeza de uma coisa” disse aproximando o seu rosto do dela “Prometo! Jamais deixarei que murche ao amanhecer…” E deu então um delicioso e delicado beijo.

Posted in: Erótico, MaleDom